- Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno.
Eu sou uma forma vitoriosa do tempo. Em luta seletiva, antropofágica.
Com outras formas do tempo: moscas, eletro-éticas,
cataclismas, polícias e marimbondos!
Ó criadores das elevações artificiais do destino eu vos maldigo!
A felicidade do homem é uma felicidade guerreira. Tenho dito.
Viva a rapaziada! O gênio é uma longa besteira!
Oswald de Andrade, “Serafim Ponte Grande”, 1928
Lego -Tomoshige ( quero dizer, ler com o espírito e o sotaque do Tomô)
A Rabeca está tocando, o lego está falando o radinho está ligado na Cultura,
as havainas estão se identificando e o Tim Maia está cantando.
Acho que as coisas estão começando a funcionar.
Novo sistema de comentários. Vamos ver!
sexta-feira, junho 27, 2003
quinta-feira, junho 26, 2003
quarta-feira, junho 25, 2003
segunda-feira, junho 23, 2003
quarta-feira, junho 18, 2003
sexta-feira, junho 13, 2003
quinta-feira, junho 12, 2003
terça-feira, junho 10, 2003
Sábado passado meu filho me levou
para ver o filme sobre o Factory, Hacienda,
New Order, Joy Division e Happy Mondays
(acho que se chama 24 Hours Party People).
Não tinha a menor idéia do que se tratava.
Foi no Cine Arte, antigo Cine RIO, meio baleado,
com um pequeno público de afins.
Que presente dos céus.
Achei o filme o máximo!!!
É imperdível pessoal! Tá com tudo!!!
Diarista
Na noite em que a vi pela primeira vez, estava largada no sofá, roncando baixinho
no meio das almofadas de um jeito que já tinha esquecido ser possível na intimidade do meu lar.
Tudo o que esperava ao me dar ao luxo de uma diarista era um pouco de companhia;
sem conversa, necessariamente, ou refeição a dois.
Mas ela era de uma delicadeza fria que me desequilibrou em poucos dias.
A atenção com que parecia ouvir minhas histórias de família,
apontar para minhas fotos em álbuns de viagem ou até mesmo aparecer
sem mais nem menos pela porta da lavanderia, com um copo de suco nas mãos,
acabou por me fazer começar a escapar do trabalho provisório em um parque de diversões
próximo para passar períodos inteiros espreitando-a fazer qualquer coisa em casa,
de andar descalça pelos corredores a lavar as mãos por horas na pia da cozinha.
E se ela se mostrava reservada, como se não soubesse de minha presença,
me encantava e constrangia ainda mais.
Quando perdi o controle definitivamente e decidi violá-la,
já que ela não poderia nem mesmo compreender a idéia de termos uma relação,
verifiquei, desolado, em seu catálogo de fabricação,
que tinha sido feita para a indústria e não possuiria,
jamais, qualquer orifício que não a boca: linda, internamente metálica e cortante.
Por Rafael Vogt Maia Rosa, 2001
Ilustraçâo: Andrew Loomis
segunda-feira, junho 09, 2003
domingo, junho 08, 2003
sexta-feira, junho 06, 2003
Peguei o radinho que tinha emprestado pro Baile.
Esta aí ao lado
É só passar o dedinho virtual pelo dial colorido que
aparecem as rádios.
Têm umas que estão desatualizadas
- se alguém sugerir novas e me dizer como lincar
ficaria agradecido! Queria mesmo era lincar a Cultura FM.
Renovo meu agradecimento ao Cap. Lao que me ajudou a configurar
as sintonias, que para mim é um quebra cabeça.
Bom divertimento.
Sonhei com Ubirajara Ribeiro, artista que morreu ano passado.
Eu estava numa sala com outras pessoas quando ele entrou pela porta de maneira que o reconheci imediatamente; sabia que ele tinha morrido e que, portanto, era um daqueles sonhos com os mortos em que me torno absolutamente lúcido e tenho plena consciência do que está se passando, vendo tudo como se fosse realidade.
Então, comecei a levitar até que todo meu corpo flutuava horizontalmente, em perfeito angulo de 90 graus em relação ao corpo do Bira. Quase cabeça com cabeça, olhei fixamente nos seus olhos, sem perder um movimento que ele fazia e perguntei:
- Como você está, Bira? E as suas angustias de artista?
E ele me respondeu que estava muito bem e livrinho de absolutamente todos os seus problemas.
Veio então como uma revelação: como os primitivos cultuavam os mortos e
adquiriam conhecimento por esse processo.
Valeu BIRA!
quarta-feira, junho 04, 2003
segunda-feira, junho 02, 2003
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