






Let me take you down...
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Dudi (um blogue sem qualidades) |
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quinta-feira, outubro 30, 2003segunda-feira, outubro 27, 2003sexta-feira, outubro 24, 2003![]() Eu e o Rafa, meu filho, estávamos sentados na areia do Leblon, num fim de tarde tranqüilo, e num segundo, sem percebemos como, sentaram bem próximo de nós, mas bem próximo mesmo, um casal. Ela discreta e mais distante e ele, com os movimentos do corpo comprometidos por algum derrame e com evidências de dificuldade de falar e se locomover, mas muito comunicativo, puxou conversa com a gente ( não existe possibilidade de você estar sentado sem que isso aconteça, no Rio). Ele contou que era alagoano e morava no Rio a mais de 40 anos e seus filhos eram cariocas, como foi o seu derrame, e por aí foi. Perguntou por nós e nos sabendo paulistas elogiou o Maluf (eca!)... Lá pelas tantas perguntou se não íamos nadar? Dissemos que sim pois era essa nossa intenção. E não é que ele pediu para ir conosco e se podíamos dar uma ajudinha. Eu e o Rafa o pegamos no colo, cada um dum lado e lá fomos pra água. E quando estávamos com água pelos joelhos ele falou –Pode largar! E assim fizemos e ele afundou imediatamente e logo emergindo e afundando vigorosamente, afundou de novo, e tome onda, e respirou, três vezes, e em movimentos enérgicos e descordenados tomou seu banho de mar. Foi o banho de mar mais valorizado e insólito que jamais tinha visto. Senti-me numa cena bíblica, levando um aleijado se banhar no poço de Siloé! Impressionante. Falou que estava satisfeito, agradecido e se podíamos levá-lo para a areia. Assim fizemos e de lá se despediu e foi embora com sua mulher. Pensei que nunca tinha visto tamanha determinação de um ato de vontade. Equivalia a um batismo. Ele sabia o que queria e como conseguir. Ficamos maravilhados. terça-feira, outubro 21, 2003terça-feira, outubro 14, 2003segunda-feira, outubro 13, 2003quarta-feira, outubro 08, 2003![]() Tinha feito 2.500 catálogos para a Bienal de SP em 1987. Não contente com o resultado pedi para o carroceiro levá-los embora. Um ano depois, jejuando, estava andando pelo bairro , e me adentrei num terreno baldio e eis que se deu o choque. Meio atordoado pela fome e com as idéias confusas me deparei com o fato inconcebível. Eram mais de 2.000 caras minhas espalhadas pelo chão, como se o meu Eu tivesse se partido em milhares eus diminutos e num segundo me senti descarregado de uma infinidade de mim mesmo. Dei-me conta que eram os catálogos que o carroceiro despejara no local mais próximo que achou. Belo jejum! sexta-feira, outubro 03, 2003![]() As coisas se revelam devagarinho nesse mundo. Isso é o que consegui "ver" do Guto Galli. Não tem uma sexta que ele não vem aqui no meu blog desejar um bom findi para mim. Guto - Muita porpeta e uma vida inteira boa pra você também! ![]() ![]() ![]() Preparativos para exposição no Mario Quintana, Porto Alegre, 1993 A situação era a seguinte: A galeria era dentro do Hotel tombado e a porta da galeria era estreita. Pensei em colocar um trabalho grande (3x15 m) pois a galeria era enorme e belíssima e não teria como entrar. Fiz o trabalho dentro do espaço e só pôde ser retirado serrando-o em 10 pedaços. Remontei esse trabalho no Paço Imperial do Rio de Janeiro que por sua vez foi serrado de novo. Até hoje tem telhado na minha casa com parte do trabalho, dei umas outras partes para umas coberturas de favela e outros destinos mais. ![]() Recebi essa foto da Giniki, 1994 Confirmando o escopo. Meu trabalho é pescar pessoas. quinta-feira, outubro 02, 2003
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