
- O Stuart Davis é falso ou verdadeiro?.
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Dudi (um blogue sem qualidades) |
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domingo, novembro 30, 2003quinta-feira, novembro 27, 2003terça-feira, novembro 25, 2003domingo, novembro 23, 2003sexta-feira, novembro 21, 2003![]() Em 1969 passei uns tempos em Londres e veio a ter comigo o Zé Resende. Um dia o Zé me convidou para conhecer o Hélio Oiticica que por lá estava expondo seu trabalho na White Chapple. Nos encontramos num café em Knigthsbridge, um bairro chique. Imediatamente quando ele lá entrou, falou - Não gosto daqui, lugar metido (num tom baixo, cariocado, malandro e sóbrio), e, mais adiante esclareceu – Gosto de lugar que tem bandido. E no desenrolar da conversa, reclamou que tinha colocado uma mesa de sinuca na sua exposição e não conseguiu ver uma “puta” duma mosca para coroar sua instalação. Lá pelas tantas ofereci um cigarro pra ele, no que ele me respondeu - eu não... não fumo essa fumaça boba, puxa, puxa e não dá nada! Só fumo maconha! Fiquei assustadíssimo e encantado! Depois seguimos para a Tate Galery que lá estavam expondo os minimalistas, numa beleza de exposição. Nisso o Hélio revelou toda sua sensibilidade e inteligência. Nunca me esqueço do momento em que ele, diante de um Kelly, mostrou seu enorme tesão pelo que estava vendo e vivenciando. Iluminou os trabalhos de uma forma que nunca tinha percebido. Sabia tudo. Transmitiu emoção, clareza e entendimento. Uma luz! Que experiência!!! Tento através dos anos reconstituir todo esse nosso encontro nos mínimos detalhes para resgatá-lo na sua inteireza. Pérola! quarta-feira, novembro 19, 2003segunda-feira, novembro 10, 2003sexta-feira, novembro 07, 2003![]() Em 1967 dei meus primeiros passos na pintura, com entusiasmo, paixão e inconsciência. Éramos eu e o Boi (José C. Ferreira) e imediatamente queríamos expor. Essa era a palavra mágica. Expor. Não existia faculdade de artes plásticas e expor era a via régia para se saber “artista”. Nos inscrevemos no salão de Campinas e todo o dia íamos ao jornaleiro para ver se tinha saído o resultado. Não é que um dia saiu e lá estavam os nossos nomes. EBAAAA, TINHAMOS SIDO ACEITOS!! Isso era uma glória! Imediatamente comemoramos com uma puta festa, convidando todo mundo. No dia da inauguração para lá fomos em caravana noturna de quatro carros, pai, mãe, irmãos, namoradas e amigos. Quando lá chegamos, imediatamente procurei por meu trabalho. Queria vê-lo pendurado na exposição...e nada de achar. Perguntando para a administração o que se passava, acabaram por constatar que eu não fazia parte do salão. Tinha sido recusado e portanto o meu nome saiu no jornal por engano. Com o Boi foi tudo normal e me lembro do Mario Shemberg (um dos jurados) falando bem do seu trabalho. Para mim foi uma viajem para o abismo. Uma verdadeira iniciação ao que seria esse mundo das artes. Como disse a Leda Catunda, metade da vida foi ser recusado de salões, a outra foi ser jurado. Como entendi depois, não era para principiante! eheheheheheheheh quarta-feira, novembro 05, 2003
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